Cancro da mama: Novos indicadores que ajudam no prognóstico da forma mais agressiva

Última atualização: 01 de novembro de 2019

Pode aceder legalmente a novos medicamentos, mesmo que estes não estejam aprovados no seu país.

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Classificação bem sucedida do cancro da mama triplo, que permite saber quem pode ser curado e quem pode sofrer uma recaída.

O cancro da mama triplo-negativo é a forma mais rara e mais agressiva de cancro da mama. Até agora, os investigadores não tinham conseguido identificar marcadores que permitissem classificar as doentes em função do seu prognóstico ou da probabilidade de responderem a diferentes tratamentos. Investigadores do Centro Nacional de Investigação do Cancro (CNIO) de Espanha publicam agora na revista Nature Communications uma classificação bem sucedida de doentes com cancro da mama triplo, que, pela primeira vez, permite aos médicos distinguir entre os que podem ser curados e os que podem sofrer uma recaída. A investigação indica também que os tratamentos combinados com os medicamentos existentes podem ser eficazes em doentes com estes marcadores. 

Em amostras de tumores de 34 doentes, os investigadores encontraram mais de dois milhões de marcas bioquímicas nas proteínas tumorais, mas, com a ajuda de ferramentas sofisticadas, detectaram que, entre todos estes sinais, há uma combinação precisa que só se encontra nos doentes que recaem.

"Até agora, não foi possível estabelecer uma relação entre a presença de determinadas mutações no cancro da mama triplo negativo e o prognóstico ou a resposta ao tratamento medicamentoso", explicou o oncologista Miguel Ángel Quintela, diretor da Unidade de Investigação Clínica do Cancro da Mama do CNIO e principal autor do trabalho de investigação. "Mostrámos, pela primeira vez, que a proteómica pode ser utilizada para prever a evolução do cancro da mama triplo negativo e para selecionar combinações de pares de medicamentos como candidatos a ensaios clínicos".

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