Como detetar um sítio Web fraudulento

Atualizado em 24/10/2019 

Como pioneiros de um tipo de serviço global completamente novo, compreendemos que a confiança, a segurança e a credibilidade são fundamentais - especialmente quando se trata de pagar medicamentos que são essenciais e, muitas vezes, a única opção de tratamento disponível. Há um número crescente de sites fraudulentos e nós próprios fomos alvo de uma dessas fraudes. Neste artigo, damos-lhe dicas sobre como detetar estas fraudes.

Ao contrário dos esquemas de phishing ou spear scams, que são normalmente esquemas baseados em correio eletrónico que tentam roubar os seus logins ou dados pessoais, os esquemas de sítios Web são menos frequentes. No entanto, existem e esta forma de atividade criminosa está a aumentar. A fraude em linha conduz frequentemente a uma perda direta de dinheiro e de reputação, mas pode também causar sofrimento psicológico e emocional e implicar custos elevados para reparar os danos.

A situação que vivemos foi com um sítio chamado e-Hesperus. Este sítio fraudulento surgiu quase de um dia para o outro e copiou o nosso sítio web quase palavra por palavra. Graças à nossa equipa vigilante, detectámos rapidamente a situação. Como é protocolo, denunciámos o sítio fraudulento e avisámos os "proprietários" para o retirarem do ar. Descobrimos que este site estava registado no Reino Unido, mas que os diretores registados não eram pessoas reais. No entanto, muitos visitantes do sítio Web não sabiam a diferença, pelo que aqui está uma lista de verificação essencial para ajudar a determinar se um sítio, quer se trate de medicamentos ou de sapatos novos, é legítimo:

1. Têm contas nas redes sociais e um historial no Facebook, Linkedin e Twitter?

Muitos sites fraudulentos não tentam promover-se nas redes sociais. Consulte as suas páginas nas redes sociais, caso existam, e veja há quanto tempo estão em atividade, que tipo de mensagens publicam e que informações têm no seu sítio Web. Além disso, faça uma pesquisa sobre o nome da empresa para ver se existem queixas nas redes sociais sobre a empresa. 

2. O sítio Web é seguro?

Há muitas formas de verificar se um sítio Web é seguro. Quando se visita um sítio Web de confiança, aparece um ícone de cadeado verde ou fechado ao lado do URL. 

Além disso, tome nota do tipo de ligação. Os sítios Web que utilizam a etiqueta https são geralmente mais seguros e, por sua vez, mais fiáveis do que os sítios Web que utilizam a designação http. Por último, certifique-se de que analisa a autenticidade do nome de domínio e do URL do sítio Web. Entre os bons indicadores a procurar contam-se a utilização de símbolos excessivos e palavras promocionais. A segurança de um sítio Web também pode ser falsificada, mas os indicadores acima servem como bons indicadores combinados com outras verificações de segurança que mencionamos neste artigo.

3. Existe uma página de equipa com fotografias e dados de mais do que uma pessoa? 

Normalmente, as empresas têm mais do que uma pessoa ligada a elas. Se a página "Sobre nós" não mostrar uma página de equipa, verifique no Linkedin. Se apenas uma pessoa ou "Diretor" estiver listado, faça uma pesquisa de imagem inversa no Google Images e veja se foi copiada de outro sítio.

4. Existem opções de contacto direto? 

Deve haver sempre uma página de contacto completa com números de telefone (que não sejam números móveis) e endereços de correio eletrónico diretos. 

5. Pesquisar a empresa no seu país de registo

Todas as empresas têm de se registar centralmente junto do organismo governamental do país onde operam. Por exemplo, na Europa, existe uma Câmara de Comércio gerida pelo governo. Nos Países Baixos, esta chama-se Kamer van Koophandelno Reino Unido, Companies House. Em seguida, procure os proprietários registados da empresa e pesquise os seus nomes no Google para ver se há alguma denúncia contra eles. Além disso, pesquise no Google o endereço do registo da empresa e veja se o endereço já foi utilizado por sites fraudulentos. 

6. Pedem pagamentos estranhos? 

As empresas que estão a enganar as pessoas pedem normalmente métodos de pagamento invulgares, como transferências de bitcoin, sistemas de pagamento desconhecidos ou criptomoedas proprietárias. Os pagamentos online através de cartão de crédito ou métodos como o PayPal são mais difíceis, mas não impossíveis, de falsificar.

7. Pode visitar o escritório deles? 

Se está a gastar uma grande quantia de dinheiro, é justo pedir para visitar o escritório. Mesmo as empresas em fase de arranque e as pequenas empresas terão um escritório. Se a empresa for gerida por um único indivíduo que trabalha a partir de um escritório em casa, isso deve ser claramente comunicado algures no site. Não devem tentar fazer-se passar por maiores ou diferentes do que são na realidade.

8. Têm erros ortográficos, imagens de baixa qualidade e má gramática? 

Isto nem sempre é um indicador definitivo de fiabilidade, mas deve ser considerado um sinal de alerta e deve ser objeto de precauções adicionais. 

9. As marcas de confiança são fiáveis? 

Segundo um estudo publicado pela Which? (uma revista de orientação do consumidor sediada no Reino Unido), existem mais de 50 marcas de confiança diferentes diferentes utilizadas em toda a Europa. Assim, a menos que conheça a marca de confiança específica utilizada, não a considere como um sinal de fiabilidade. Ter logótipos de organismos oficiais do sector não é um indicador autónomo de credibilidade. Em caso de dúvida, contacte o organismo do sector e peça a sua opinião. Existem também sítios de confiança de burla muito conhecidos, como o scamadvisor.com, que foi citado várias vezes por recomendar sítios de burla conhecidos.

10. Verificou a coerência do sítio Web? 

Muitas vezes, os sítios Web fraudulentos duplicam sítios Web legítimos inteiros. Isto resulta em inconsistências em todo o sítio Web, para além de informações contraditórias. Examine o sítio Web e certifique-se de que as informações apresentadas sobre o nome, a morada e o número de telefone da empresa fazem sentido. 

Se encontrar um sítio Web ou uma empresa que esteja a enganar as pessoas, seja um consumidor responsável e comunique o facto à Câmara de Comércio do país. Os organismos governamentais estão em melhor posição para tomar medidas. Tenha em atenção que a publicação de opiniões ou "factos" nas redes sociais ou em sítios de análise pode

legalmente, pode ser acusado de difamação, mas pode apresentar uma queixa com segurança à empresa de alojamento, a uma agência de aplicação da lei na sua área, a grupos anti-phishing, a agências de proteção do consumidor e também ao Google.

Esperamos que isto ajude!