A ciência salva vidas!

As 5 maiores descobertas médicas do passado, presente e futuro

Marcha pela Ciência em Amesterdão, Países Baixos

No sábado passado, juntámo-nos a milhões de pessoas que se reuniram em mais de 600 cidades em todo o mundo na Marcha pela Ciência no Dia da Terra para celebrar a ciência e destacar o enorme papel que a investigação desempenha na nossa vida quotidiana. Muitas pessoas participaram em protesto contra as políticas da administração Trump, que têm sido amplamente vistas como hostis à ciência, embora, de acordo com os organizadores, a marcha tenha sido um movimento apartidário.

Tínhamos muitas razões para marchar, mas como empresa que ajuda doentes graves a aceder aos últimos medicamentos aprovados, a nossa principal razão era simples - a ciência salva vidas! Sem cientistas e investigação científica, nunca encontraremos uma cura para doenças como o cancro, a ELA ou a distrofia muscular de Duchenne.

Aqui estão as 5 principais inovações médicas revolucionárias que foram descobertas, estão a acontecer agora ou estão a ser preparadas:

1. Penicilina

Imagem de Crulina 98, via Wikimedia Commons

Um dos antibióticos mais conhecidos, a penicilina foi descoberta em 1928, quando Sir Alexander Fleming deixou acidentalmente uma placa de Petri com bactérias Staphylococci a descoberto, apenas para descobrir que as bactérias tinham sido mortas pelo bolor. Graças a esta descoberta fortuita, já não temos de nos preocupar com a possibilidade de morrer de uma simples infeção; até à data, estima-se que tenha salvado 200 milhões de vidas.

2. Insulina

Antes da descoberta da insulina, os diabéticos morriam frequentemente em tenra idade. A insulina, vencedora de um prémio Nobel, salvou milhões de vidas e permite que as pessoas com diabetes tenham uma vida normal.

3. Medicamentos antivirais para o VIH e a SIDA

Imagem de Imagens Wellcome

Na década de 1980, a esperança de vida de uma pessoa com VIH era de cerca de 12 anos a partir do momento da infeção. Graças, em parte, à introdução da Terapia Antirretroviral Altamente Ativa (HAART) em 1996, hoje em dia uma pessoa infetada com VIH na América do Norte pode esperar viver décadas mais, até aos 63 anos de idade. O tratamento salvou cerca de 700 000 vidas só em 2010.

Mas isso não é tudo - agora, a utilização preventiva de medicamentos contra o VIH pode, de facto, prevenir a contração do VIH em primeiro lugar, para pessoas que ainda não foram expostas ao vírus do VIH (também conhecida como profilaxia pré-exposição ou PrEP). (Esperamos ter notícias muito interessantes sobre a PrEP muito em breve... Esteja atento a este espaço!)

4. Imunoterapia

A imunoterapia é uma nova abordagem ao tratamento do cancro que ensina o sistema imunitário defensivo do organismo a identificar as células cancerígenas e a atacá-las a partir do seu interior - da mesma forma que combateria uma constipação. Os medicamentos de imunoterapia, como o Nivolumab têm mostrado resultados promissores atéà data e têm o potencial de ser um fator de mudança absoluta para os doentes com cancro.

5. Uma ferramenta de edição do genoma para prevenir doenças

À primeira vista, esta inovação é tão extraordinária que quase parece ficção científica. Esta bio-tecnologia de edição de genes permite aos cientistas remover ou ajustar partes específicas do ADN de uma pessoa e pode ter o potencial de prevenir a fibrose quística, a doença renal policística e alguns cancros da mama, cortando as partes defeituosas dos nossos genes. Os ensaios clínicos desta ferramenta (conhecida como CRISPR) deverão ter início este ano.

Aqui tem - 5 medicamentos que mudaram - ou têm o potencial de mudar - o mundo para sempre. Quem sabe quantas vidas poderão ser salvas por medicamentos que ainda estão na fase inicial de desenvolvimento ou que ainda não foram descobertos. Uma coisa é certa - assim que um medicamento estiver a mostrar bons resultados e tiver sido aprovado num país com boa reputação, a nossa missão será disponibilizá-lo a todos os doentes do mundo o mais rapidamente possível - porque os medicamentos salvam vidas!